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História da devoção à Imaculada Conceição, na Ilha de São Luís, é revestida de lutas e reconstruções

O primeiro altar dedicado à Imaculada Conceição, em São Luís, foi erguido pela irmandade de Nossa Senhora da Conceição dos Mulatos, na lateral da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Rua do Egito. Lá, foi depositada a imagem esculpida em madeira vinda de Portugal; a mesma que ainda hoje é venerada no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Monte Castelo.

Até chegar ao que conhecemos, muito aconteceu. Com o novo altar, o número de devotos rapidamente cresceu, mas somente em 1762 a santa ganhou igreja própria. Os fieis uniram-se para construir uma capela no local onde hoje fica o Edifício Caiçara, na Rua Grande.

Segundo o historiador Jomar Moraes, em seu livro Guia de São Luís do Maranhão, em frente à igreja, havia um pequeno largo, na área atualmente ocupada pelo Banco do Nordeste do Brasil S/A. O fundo era voltado para a Rua de São Pantaleão e o lado direito para a Rua Grande.

Quase 50 anos depois da construção da capela, em 29 de agosto de 1805, o papa Pio VII autorizou, por meio de um breve apostólico, sua elevação a sede paroquial. O local, muito frequentado pelos fieis, tornou-se cenário de intensa luta de um sacerdote, para manter de pé o templo em que atuava.

O 29 de agosto de 2005 foi marcado pela celebração do bi-centenário de criação da paróquia.

Acontece que a igreja para a qual monsenhor João dos Santos Chaves, conhecido como padre Chaves, fora designado vigário estava na linha dos interesses comerciais. Sua demolição já havia sido tomada como conveniente pelo então presidente em exercício da Provícia, Dr. José da Silva Maia, desde 18 de maio de 1870, em mensagem apresentada à Assembleia Legislativa Provincial.

Demolição da antiga igreja

A ameaça se concretizou em 1939. Não bastaram os protestos do padre Chaves e dos devotos. Por readequações urbanísticas da cidade, segundo justificativa do então governador interventor federal, Paulo Ramos, a capela foi demolida. O terreno tornou-se trajeto dos bondes, instalados para modernizar o transporte da capital. Amargurado, o vigário morreu dois anos depois, em 21 de fevereiro de 1941.

“Nomeado vigário da Conceição em 1896, o padre Chaves, como carinhosamente o chamavam, chegou a confundir-se com sua igreja, que de fato era sua, na boca dos fieis: a Igreja do Padre Chaves. Durante o período em que ali permaneceu chão vazio, assinalado por uma cruz a que nostálgicos devotos levavam flores e velas, formara-se uma grande poça d’água na estação das chuvas. Era a lagoa do padre Chaves”, descreveu Jomar Moraes, em seu livro.

O autor maranhense conta ainda que, na superstição popular, essa seria a explicação para as adversidades que eventualmente recaem sobre os moradores do Edifício Caiçara.  

Construção da igreja atual

Antes da demolição, imagens, altares e painéis de azulejos foram transferidos para a vizinha Igreja de Santana, que passou a ser a matriz. Em busca de local para erguer a nova igreja, o padre Ribamar Carvalho, acompanhado dos fieis, conseguiu um terreno no bairro do Monte Castelo. Cerca de oito barrigudeiras, árvores imponentes e conhecidas por seu tronco largo, deram espaço para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na sede em que está até hoje.

 

A construção foi custeada pelos devotos, que se revezavam na venda de artigos religiosos e lanches, para angariar recursos. Enquanto se encaminhavam os trabalhos da obra, as missas eram rezadas em uma casa cedida pela família Caldas, próxima ao porto de Roma, naquele mesmo bairro. Em 1971, finalmente, a nova igreja foi inaugurada, tornando-se destino de devotos e devotas de todo o Maranhão. 

Padres dehonianos na paróquia

Desde o ano de 1978 os padres dehonianos são responsáveis pelo trabalho pastoral na igreja Nossa Senhora da Conceição do Monte Castelo. Pela administração da igreja passaram os padres Valmor Zucco, Leonardo Hellmann, Paulo Hülse, Otto Seidel, Pedro Paulo Dias, Mário Maestri, Geraldo Dantas de Andrade (dom Geraldo, que mais tarde foi bispo auxiliar da Arquidiocese), Mário Peixe, Dário Paloschi,  Antonio dos Santos da Silva, Ivo José Ritter (atualmente em sua segunda passagem pelo Santuário), Vilsom Basso ( atual bispo de Imperatriz-MA), Giovani Pontes, Inâncio Dalcin etc. 

Um Santuário para trinta dias de festa

No dia 08 de dezembro de 2004, por solicitação de padre Vilsom e do padre Inâncio e da comunidade paroquial do Monte Castelo, diante de uma multidão de cem mil pessoas, dom Paulo Eduardo de Andrade Ponte, então arcebispo metropolitano de São Luís, publicou o decreto de criação do Santuário Nossa Senhora da Conceição, Monte Castelo, de São Luís do Maranhão.

Com a mudança de “Igreja da Conceição” para “Santuário da Conceição”, mudou também o estilo do festejo, integralmente religioso, tem a duração de 30 dias, com os Missionários da Conceição visitando as famílias com as  “capelinhas” de Nossa Senhora da Conceição.

Nesse período, são realizadas romarias, novenas, carreatas, visita da imagem a órgãos públicos, paróquias e casas dos devotos, entre outras atividades. É um grande mutirão de evangelização, fé, organização, alegria, participação ativa dos leigos e a presença de milhares de devotos de Nossa Senhora da Conceição.

 

O auge do festejo acontece em 8 de dezembro, dia dedicado a Nossa Senhora da Conceição, quando é celebrada uma missa campal na Praça Maria Aragão, seguida de procissão até o Santuário.

LOCALIZAÇÃO

Av. Getúlio Vargas, 190

Monte Castelo, São Luís - MA, 65020-190

3312-2553

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